sábado, 12 de junho de 2010

Denuncismo

A prática não é de agora, mas pegou força de uns anos prá cá.
Quais serão os responsáveis por incrementarem tal prática mesquinha e manipuladora?

Tenho visto estas coisas em todas as campanhas. Alguns se deram bem e conseguiram ferrar ótimos adversários, que mais adiante provaram sua capacidade e sua "honestidade".

Tivemos a candidatura do Lula em 89, com a famosa pasta de Collor com fotos do tal aparelho 3 em 1 que causou tanto constrangimento, pois a insinuação provaria que o apartamento de Lula foi fotografado e que na maldita pasta, poderia haver alguma foto ou mais documentos incriminatórios. A denúncia da filha "bastarda" também foi golpe baixo.

E o que temos hoje? O melhor presidente que o Brasil poderia ter nos oferecido, justamente por insistência e determinação dele, do PT e daqueles que acreditavam no "sapo barbudo".

Em Pernambuco, em 2006, Eduardo Campos estava em 3o lugar nas pesquisas, bem atrás de Mendonça Filho (PFL) e Humberto Costa (PT). Durante o primeiro turno, as denúncias eram todas voltadas para Humberto Costa, pois achavam que se Eduardo Campos fosse para segundo turno, seria alvo fácil para novamente utiizarem-se do "denuncismo" com os escândalos dos precatórios do governo de Miguel Arraes, onde Eduardo Campos era Secretário da Fazenda.

E o que aconteceu? Eduardo Campos foi eleito em segundo turno com cerca de 60% dos votos, com toda a máquina dos "denuncistas" voltada para ele.

Devemos entender que a forma de lidar com as denúncias, não é só responsabilidade do atacado ou denunciado, mas de todo eleitor que quer, e sabe que o voto é SEU.
Saber que o voto é a expressão de seu ideal, de seu perfil ético e social. Votar para simplesmente eleger alguém que parece que tem mais chance que outro, é anular sua vontade em nome de talvez, outras manipulações, que são as pesquisas de intenção de votos.

Vou aproveitar o tema e postar um texto do blog de Marina Silva:


Postado em 07/06/2010 por equipe Marina / Categoria:Geral


O vírus do denuncismo


Por dois dias, a Folha trouxe problemas da Natura com o fisco. Para o leitor desavisado, ficou a impressão de que a empresa do vice de Marina Silva sonega impostos. Faltou mostrar que toda grande empresa tem passivo tributário e que a lei vigente dá margens a diferentes interpretações.

Na quarta-feira, a reportagem afirmava que, “apesar de cultivar a imagem de politicamente correta, a companhia é alvo de ações cíveis e trabalhistas”. Se toda empresa que tiver uma disputa com um ex-empregado for tachada de incorreta, não sobrará uma em pé.

Faz todo sentido investigar a empresa de quem pretende ser vice-presidente do Brasil, mas precisa fazer reportagem de verdade.

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