quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ariano Suassuna/ Raul Seixas e um anônimo

Já que para algumas pessoas não me faço entender, poderia citar o sempre atual e maravilhoso, Ariano Suassuna, que diz:
"Eu costumo dizer que o mundo é dividido em duas partes.....de um lado estão os que concordam comigo, do outro, estão os equivocados."

Só que gosto de música e Raul Seixas fala daquilo que irônicamente pensam de mim:

Metamorfose Ambulante
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

Eu vou lhe dizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

E também recebi hoje um email que falava de alguém que foi questionado sobre experiência de vida, a resposta:
"Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:"

"Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"


Será que todos vão perceber que esta postagem é uma forma de deixar tudo mais leve e sem interesse em convencer ninguém de coisa alguma?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carnaval? 2010

Nossa! Nunca pensei que fosse torcer tanto para o fim do carnaval, como fiz este ano.
Foram dias de agonia, e só me lembrava de um amigo que pensa que mora em um balneário chamado Muriqui e deve ter passado dias festivos e alegres...

Já eu, moro em um local que não pode mais ser chamado de balneário e acho até que faz divisa com o deste meu amigo. Aquilo tudo que já não mais freqüenta seu balneário, foi despejado para o meu, que coincidentemente chamam de Muriqui. O dele recebeu um choque de ordem que está sendo duradouro. Por aqui, só os quiosqueiros foram disciplinados a ferro e fogo. Recebemos neste feriado, os extraditados que lá freqüentavam. Todos e mais alguns se esbanjaram com o abandono de minha praia. Ambulantes invadiram a orla, as ruas e, em uma só noite, contei 33 vendedores de bebidas nas calçadas, que não poupavam crianças, nem adolescentes, isto porque não contei os vendedores de comida, legumes e frutas, roupas e objetos para moda praia de gosto surreal.
Os traficantes vieram curtir o carnaval e ainda aumentaram sua renda, desbancando os traficantes locais que tiveram que fazer liquidação, vendiam ovos de codorna e ofereciam seu brilho especial para o carnaval e acabaram utilizando com mais intensidade seus produtos que quase ficaram encalhados, mas por estar tão lotado meu balneário, acabaram por vender todo seu estoque.
Os poucos interessados em um divertimento saudável, ficavam vagando por meu Muriqui com suas famílias, perguntando onde poderiam levar suas crianças fantasiadas para curtirem uma folia gostosa, como deve ser a folia dos futuros adolescentes.
Aquela animação de blocos que tanto me deixa animada, com a batida de seus instrumentistas, não foi possível sentir. Para não ser injusta, teve um bloco na Segunda, que me tirou do exílio e me fez ter uma leve sensação de Carnaval. Um bloco que foi puxado por uma voz feminina e com uma batida de tremer o coração. Foi o bloco Afro de Muriqui.
Tivemos também, alguns blocos campanha eleitoral antecipada, patrocinados por José Luiz do Posto, sem posto, que “amorosamente” saudava seu eleitorado, aproveitando que o prefeito abandonou o município. Mostrava e dizia, que quem estivesse com raiva, fizesse melhor que ele.

Meu Muriqui não recebeu um adorno, meu Muriqui não recebeu bem seus turistas, meu Muriqui não se respeitou, meu Muriqui não protegeu seus habitantes.

Ficamos sem água, sem luz duas ou três vezes por dia, com carros de som tocando o nojento funk que foi expurgado do Muriqui de meu amigo e com os quiosqueiros localizados próximo do único evento patrocinado pela prefeitura, que foi o "Liberta Almas", entregue às moscas.

Fiquei com inveja do Muriqui do meu amigo, com delegado comprometido em sua palavra, com secretário de segurança empenhado em colocar ordem, com uma secretária de turismo eficiente e com seu prefeito empreendedor.

Culpei nossos quiosqueiros pela falta de infra-estrutura, falta de eventos para crianças, a insegurança, a falta de fiscalização e a invasão de lixo turístico.
E como não sou de ferro, terça-feira à tarde, fui participar do carnaval do município ao lado, que fez uma festa para todos os gostos e idades. Itaguaí não é turístico, mas cuidou da data com dedicação.
Parabenizo a administração do Muriqui do meu amigo, que fez um carnaval digno de um município turístico de fama internacional, como diz a secretária de turismo Keli Nascimento. Eta lêlê!

E Deus acaba de ouvir minhas preces e mandou uma chuvinha para lavar a alma e refrescar o corpo!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E DEPOIS?

A agonia está quase terminando!

Combatemos, agimos, partilhamos, denunciamos e principalmente nos unimos.
Nestes últimos cinco anos, criamos desafetos, acolhemos antigos adversários, colocamos nossas opiniões e a cada passo rumo à vitória, nos fortalecíamos. E o fim se aproxima e eu pergunto:
E depois?

O que vamos fazer com o resultado tão bravamente conquistado? Vamos dizer, acabou? Vamos cair nas mãos de outros lobos em pele de cordeiros? Ou vamos tomar nossos destinos pelas mãos e encaminhá-los ao encontro de nossa cidadania?

O que fará o funcionalismo público? Entregar-se-á novamente ao próximo candidato, ou exigirá respeito e se organizará em defesa de sua classe?

A população se venderá em troca de apertos de mãos e migalhas de serviços públicos que por direito devem ser exigidos? Ou discutirão em família, em distritos se A POPULAÇÃO será beneficiada como um todo?

E depois? Depois de tudo isto feito, será que a população irá ficar de longe reclamando ou aplaudindo, ou tomará posse de seus direitos e deveres de agentes fiscalizadores e gestores, participando dos conselhos e reuniões comunitárias?

Teremos associações que combaterão a corrupção? Teremos associações que cobrarão transparência em licitações?

Teremos coragem e respeito por nós mesmos? Ou reclamaremos da saúde, educação, segurança, transporte e todas as responsabilidades da administração pública, entre elas a de fomentar o progresso econômico do município, sem nada fazermos de concreto?

Quando o carnaval passar, creio que devemos nos preparar para a Ressurreição da cidadania e começarmos a mostrar que cada rosto deste município, carrega a certeza de sua importância no presente e no futuro de Mangaratiba.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sonho de um sonho

Composição: Martinho da Vila / Rodolpho / Graúna

Sonhei
Que estava sonhando um sonho sonhado
O sonho de um sonho
Magnetizado
As mentes abertas
Sem bicos calados
Juventude alerta
Os seres alados
Sonho meu
Eu sonhava que sonhava
Sonhei
Que eu era o rei que reinava como um ser comum
Era um por milhares, milhares por um
Como livres raios riscando os espaços
Transando o universo
Limpando os mormaços
Ai de mim
Ai de mim que mal sonhava
Na limpidez do espelho só vi coisas limpas
Como uma lua redonda brilhando nas grimpas
Um sorriso sem fúria, entre réu e juiz
A clemência e a ternura por amor da clausura
A prisão sem tortura, inocência feliz
Ai meu Deus
Falso sonho que eu sonhava
Ai de mim
Eu sonhei que não sonhava
Mas sonhei