quinta-feira, 31 de março de 2011

Consciência ambiental x capacidade de gestão


Assim como deverá ser no Brasil, até 2014, Portugal não possui nenhum lixão em atividade. Um ótimo exemplo para o Brasil, no momento em que acaba de ser criado o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos (c) e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Em palestra no II Fórum Internacional e Expo de Logística Reversa CLRB, ocorrido na última quinta-feira (24) na capital paulista, o representante da Packaging Recovery Organisation Europe (Pro Europe), o português Luis V. Martins, apresentou os detalhes do trabalho da entidade para o cumprimento das “Diretivas Européias”, válidas para os Estados membros da comunidade, desde 1994, além dos planos futuros e metas alcançadas, referentes à reciclagem das embalagens postas à venda no mercado.

A organização tem 170 mil empresas associadas, está presente em 35 países (34 europeus e o Canadá), cuja população total alcança 400 milhões de habitantes e, em 2009, recolheu para o que chamam de “valorização”, 32 milhões de toneladas de embalagens. “Apesar da expressiva quantidade, há um longo caminho a percorrer, já que o total de materiais colocados no mercado é de 600 milhões de toneladas”, afirma o executivo da Pro Europe.

Na segunda fase das diretivas, encerrada em 2008, em que havia sido estabelecida a meta de recolhimento de 55% de todas as embalagens em circulação, o desempenho de cada país foi bastante diferente, mas a maioria alcançou resultado bastante positivo. O melhor índice foi registrado na Bélgica (80% da meta). Chipre, Romênia e Polônia tiveram os desempenhos mais baixos.

O executivo da Pro Europe citou algumas mudanças ocorridas em sua terra natal, desde a introdução das Diretivas Europeias. “Em Portugal, até 1997, existiam 300 lixões nos cerca de 320 municípios do país. Hoje, não há nenhum em atividade, e todos os resíduos recolhidos são descartados em três centrais de incineração.” Essa informação é bastante relevante, porque a PNRS determina, entre várias outras diretrizes, que, a partir de 2014, todos os lixões no Brasil sejam extintos.

Para o secretário do Ministério do Meio Ambiente, o cidadão é a base fundamental da PNRS. E com o intuito de se instituir uma responsabilidade compartilhada que o Governo Federal está discutindo uma campanha nacional de educação ambiental. “Se a população não for parte integrante e ativa a política não entrará em prática”, esclarece Silvano Silvério Costa.

No que tange os pontos empresariais, o secretário também afirma que não tendo o acordo setorial, dentro dos prazos estipulados, o Governo toma para si esta questão. Mas abranda, pontuando que todos estão trabalhando ao máximo para que o acordo atenda aos envolvidos de forma plena.

Prova disso, segundo o Costa, é o Programa Pro Catador, que viabiliza a inclusão dos catadores na cadeia da logística reversa. “Temos um Comitê Interministerial para pensar na capacitação e melhorias das cooperativas e dos catadores” finaliza o secretário.

Já o analista de políticas industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wanderley Baptista, afirma que em dois meses a indústria apresentará os processos até então desenhados para a PNRS. Além disso, apresentou o status de cada um dos setores: agrotóxicos, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas, eletroeletrônicos, embalagens de resíduos perigosos e embalagens em geral.

Os cases apresentados no II Fórum, também movimentaram os participantes esclarecendo dúvidas, fluxos e processos que já estão no mercado, com bons resultados. Entre eles, os Correios (tema: logística reversa de pós-venda), Pão de Açúcar (busca da excelência logística e sustentabilidade), TGestiona (novas soluções de logística reversa de produtos eletrônicos), Totvs (tecnologia de informação na logística reversa), Philips (logística reversa de eletrônicos) Chame o Gênio (assistência técnica de eletrônicos no varejo), Associquim e Sindiquim (programa de responsabilidade na distribuição), Inpev (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas), e Oxil (manufatura reversa de eletrônicos).

O encerramento ficou com a apresentação da pesquisa inédita “Hábitos de Logística Reversa no Brasil 2011”, realizada pelo CLRB - Conselho de Logística Reversa do Brasil, que entre outros aspectos abordou que 60%, das 71 empresas respondentes, possuem um índice de retorno dos produtos de pós-venda entre 5 % e 10% do total de sua produção, sendo que cerca de 10% aponta um índice maior que 10% de retorno. Já o custo deste retorno sobre as vendas dos produtos, para 55% dos pesquisados, foi de 1% a 5% e para 30% das empresas está entre 5% e 10%.

Além disso, a pesquisa conclui que empresas participantes estão conscientes da oportunidade de competitividade através da logística reversa, seja pela redução de custos, diferenciação no mercado, satisfação de clientes ou pelo reforço de imagem corporativa ou de marca. “Porém, as respostas indicam que as ações de diversas naturezas estão ainda aquém das expectativas em muitas empresas”, garante Paulo Roberto Leite, presidente do CLRB. O executivo também afirma que, segundo a pesquisa, é baixo o domínio de processos e informações sobre a logística reversa dentro das empresas. “Como consequência percebe-se muitas oportunidades de melhorias, e, portanto de ganhos”, finaliza Leite.

fonte: www.ciclovivo.com.br


quarta-feira, 30 de março de 2011

Legal! - Alerta da dengue



Parece bobagem, mas estamos precisando mesmo de ações aparentemente pequenas, mas que motivam e transmitem segurança.

Gostei do carro de som, passando pelo município, alertando sobre os sintomas da dengue e orientando aos munícipes a procurarem urgente o hospital (HMVSB), em caso de suspeita da dengue.

Bobagem? Não! Ação concreta que contribui para a mobilização de todos os envolvidos na questão!


terça-feira, 29 de março de 2011

Eu estou ficando tensa....."tá" difícil

Nossa, eu tinha prometido a mim mesma que daria o tempo necessário para criticar. Estou cumprindo, mas minha lista está ficando grande....grande... e nem sei se contribuo mais, me calando ou se atropelando desde agora.

Penso que se me calar, as coisas irão se avolumar de tal maneira que talvez não tenham mais solução e aí, nós é que tomamos mais uma vez. Mas, ainda fico na esperança que os desacertos, sejam por conta da tal "arrumação" na casa, que tanto apregoam. Por outro lado, se focarmos nas questões até menores, como os fantasmas que começam a assombrar o secretariado, os fornecedores que começam a cometer erros nas NF de fornecimento, as licitações "estranhas" e rápidas demais, os contratos com terceirizadas que já estão "quarteirizadas" fora do município e as confusões com uso de verbas, creio que deixaremos de lado uma questão maior que tudo isto, que é o questionamento de como permitimos que tudo isto aconteça.

Será que tem que ser assim? Será que não tem jeito?

Tudo começa na incapacidade de perceber o todo, quando escolhemos nossos eleitos. Nossa percepção é setorial e não avaliamos todas as consequencias de nossa escolha.

Acreditamos em tudo que nos convém, repetimos os argumentos que nos são jogados e preguiçosamente aceitamos como certo.

Vejam, falamos tanto em venda do município com as campanhas milionárias e aceitamos os argumentos irreais de que tudo isto seria "política". Sim, pode até ser a forma que entendemos que seja política, mas não é a definição verdadeira do conceito. Esta é a forma deturpada por anos de omissão.
Raciocinando, quem investe tanto e nada quer de volta? Em um sistema capitalista, quem financiaria algo, sem que quisesse retorno deste investimento?

Bom, mesmo que assim o fosse, e o retorno financeiro não estivesse em primeiro lugar, algo querem em troca....Ah! Deve ser fortalecimento político de algum partido ou pessoa!

Mas, como? O velho e tão comum curral eleitoral disputado a tapas ...Até agora, éramos gado de abate do PMDB e a região toda é assim. Nossa insatisfação foi usada para entrada dos oponentes em uma região que pode ser alavanca para os interesses maiores dos PR e de seus representantes. Mas, isto não significa que receberemos nosso bem estar, nem os direitos de cidadão.

Com toda sinceridade, voces pensam que São João de Meriti que ainda não conseguiu elevar seus índices de qualidade, farão melhor por nós? Se o povo que veio para cá é tão bom, deveriam continuar por lá e arrumar a própria casa.

Vejam como exemplo, saneamento básico, conforme dados do Ministério da Saúde, os municípios da Grande Rio de Janeiro estão entre os piores em cobertura de saneamento básico e também entre os que possuem mais internações por pessoas contaminadas. As cidades fluminenses mais afetadas são: Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Duque de Caxias e São Gonçalo.

Com mandato normal ainda não fizeram a arrumação em São João de Meriti, como fazer algo em um mandato tampão, em município que não conhecem e que não comparecem diariamente para exercer seus cargos?

Então volto ao início...... "tá" difícil de esperar.... se ao menos não estivessem acendendo tantos sinais de alerta, talvez ficássemos mais tranquilos, mas os desacertos começam a ser esfregados em nossa cara e não dá para fingir que não estamos vendo!

domingo, 27 de março de 2011

Conselho para conselheiros e gestores....

Aprendemos ou vamos continuar?

Minha paixão são os conselhos municipais, não é segredo, não me incomodo com as figurinhas de plantão que pensam que podem e devem excluir a sociedade deste assunto. Nestes anos, poucos deram a devida importância ao tema, mas também, tenho tido a satisfação de escutar de professores e pessoas da sociedade, que até eu começar este insistente lero lero, não sabiam do assunto, ou não sabiam de sua importância ou das reais funções dos conselhos.

Insisto na participação efetiva da sociedade e fico possessa com a má intenção dos dedicados "gestores" em burlar leis. Suas justificativas são como notas de três dólares, não enganam ninguém, nem a eles mesmos. Querem passar a impressão de que estão certos com argumentos que por si só não se sustentam e diminuem a sociedade como se todos fossem incapazes de raciocinar.

Quando compoem um conselho municipal, sempre "indicam" ou induzem a escolha, pessoas que fazem parte do governo de alguma forma, tirando da sociedade, sua real representação. E isto é sujo, ilegítimo e nojento. Mais adiante, verão como se resolve o problema!

Vejam o exemplo na educação; Quando um diretor de UE passa a representar a sociedade civil alegando que por ser diretor, não deixou por exemplo, de ser responsável de aluno ou de fazer parte da comunidade escolar, é uma forma de afastar a população das decisões do governo, ou de dizer que somos incapazes e não somos aptos, pois somos população e eles, os grandes "pensadores" capacitados para isto. Ora, e a paridade? E o conflito de interesses? Vão enganar quem com o discurso inconsistente?

Invertendo os papéis, eu afirmo que estes "pensadores" do governo é que não estão aptos, nem a exercer a função de conselheiro, nem de serem gestores.

Mas, espero que a zona dos conselhos, acabem nesta nova administração, pois esperamos que de fato queiram ser a mudança positiva para o desenvolvimento de Mangaratiba. Esperamos também que sejam inteligentes o suficiente para perceber que conselhos se tornam ferramentas de contribuição ao governo, participando com a administração no solucionar dos desvios de metas, facilitando o trabalho dos próprios gestores. Isto é, quando o governo de fato quer ética, decência e trabalho limpo.

Então, lembro aos meus amados gestores, que foram eles que nos "ensinaram" o caminho das pedras, quando cassaram o ex por suas práticas de burlar leis e agora, somos aprendizes de cidadania e sabemos como agir em nome da sociedade, como eles tão heroicamente fizeram.

Vejam o exemplo da atuação da CGU em Palmas de Monte Alto, com relação aos conselhos:
Conselhos são manipulados pelo Prefeito de Palmas de Monte Alto

11/10/2010

Veja também CGU aponta diversas irregularidades na Prefeitura de Palmas de Monte Alto

Os conselhos municipais, de acordo com a constituição federal, tem função de acompanhar, fiscalizar e propor diretrizes na aplicação dos recursos públicos repassados aos municípios. A lei exige que, este colegiado seja formado por representantes do poder publico, Poder Legislativo, da sociedade. De forma paritária, ou seja de modo que as decisões sejam democráticas e visando os interesses da comunidade. Conselho de Educação, Do Fundeb, de Saúde, da merenda escolar, são os principais que podem e devem funcionar com está finalidade.

Em Palmas de Monte Alto (Bahia) de acordo com o relatório divulgado pela Controladoria Geral da União, (CGU) além de não funcionar, não fiscalizar e ser constituído de forma irregular, os conselhos enfrentam dificuldades por coação do poder executivo. No relatório, o Órgão Federal aponta “atuação insatisfatória do conselho Municipal do Fundeb” “embaraços ao conselho de alimentação escolar no cumprimento de suas obrigações legais” “Conselho não se reúne desde julho de 2009” “composição do conselho municipal de Assistência Social não é paritária” “ Atuação insatisfatória do conselho do Fundeb” “Falta de representatividade dos membros do conselho do Fundeb, não tendo sido eleitos pelas categorias que representam” no relatório, o CGU cita que “durante entrevistas na fiscalização, não encontrou nenhum documento comprovando reuniões. entre os diversos fatos relatados. Destacamos: FATO: Em reunião realizada com os componentes do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, no dia 18 de março de 2010, nomeados em07/10/2009, foram identificadas as seguintes impropriedades:

a) Os membros do referido conselho nunca receberam capacitação;

b) O Conselho não supervisionou a elaboração da proposta orçamentária relativa ao exercício de 2009 para o Município de Palmas de Monte Alto;

c) De forma geral, o conselho não acompanha a execução dos recursos do Fundeb. Em entrevista os conselheiros afirmaram que acompanham as despesas realizadas pela administração municipal. No entanto, não há registros documentais que comprovem que os conselheiros realizaram verificação de notas fiscais, obras de reforma de escolas,acompanhamento de processos licitatórios e de prestação de serviços,ainda que de forma superficial;

d) Falta de representatividade dos membros do conselho municipal. Parte dos membros do conselho foram indicados pela administração municipal não tendo sido eleitos pela categoria que representam. Além do mais, boa parte dos conselheiros exerce contrato temporário ou cargo comissionado na Prefeitura, o que compromete a imparcialidade e independência das suas decisões. A relação a seguir ilustra a situação encontrada: - Representantes do poder executivo municipal - dois titulares exercem cargo de confiança e dois suplentes exercem cargo temporário; - Representante dos diretores das escolas básicas públicas - a titular é presidente do Conselho e exerce cargo comissionado de Diretora Escolar; - Representantes dos pais de alunos - as duas titulares são professoras que exercem contrato temporário; - Representante do Conselho Municipal de Educação - o titular é Diretor Escolar e exerce cargo comissionado. EVIDÊNCIA: Registro da entrevista com o Conselho Municipal do Fundeb; questionário aplicado na reunião com o Conselho; Decreto Municipal que nomeia os membros do Conselho do Fundeb em 2009.

“De acordo com declarações dos membros do conselho municipal de Assistência Social, o plano de Aplicação nunca foi discutido em plenário”, fato constado pela CGU”. CONSTATAÇÃO: O Conselho Municipal de Assistência Social não denuncia as irregularidades na gestão dos programas assistenciais. FATO: Os membros do Conselho Social de Palmas de Monte Alto não apresentou, entre os documentos colocados a disposição dessa fiscalização, os referentes a comprovação de que vem informando sobre as irregularidades verificadas na gestão local de programas sociais. Durante os trabalhos de campo verificou-se que 05 (cinco) famílias com renda per carpita superior ao estabelecido no programa vem sacando o benefício, assim como foram constatados, também, desorganização dos arquivos do CADUNICO e desatualização dos cadastros. Nas entrevistas com parte dos seus membros, eles afirmaram que não têm acesso a documentação e quando são convocados para apreciar as contas são chamados em cima da hora o que impossibilita de fazer uma fiscalização. Como o Conselho tem uma atuação submissa em função da relação não paritária dos seus membros, ele não mobiliza esforço de fiscalização capaz de detectar as irregularidades que por ventura ocorram na gestão do programa, como as que foram mencionadas acima. Por esta razão, não há registros de denuncias originadas por ele. EVIDÊNCIA: Questionário aplicado aos membros do conselho. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Não houve manifestação. ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Não se aplica. 4.2.4 CONSTATAÇÃO: Composição do Conselho Municipal de Assistência social-CMAS não é paritária. FATO: A nomeação e composição dos membros do Conselho Municipal de Assistência Social está disposta no Decreto Municipal nº 25/03/2009. Foram nomeados quatro representantes da prefeitura e quatro da sociedade civil. A Controladoria Geral da União-CGU apurou que dois membros da sociedade civil não têm relação de independência dentro do conselho, bem como a função da presidência é exercida por um membro que tem contrato com a prefeitura, tornando viciadas não somente as decisões do conselho como o registro das atas. O representante da Igreja Batista, Magdiel Scarcela Silva, tem contrato com a prefeitura como monitor do programa Pro-Jovem desde outubro de 2009 e a representante da Pastoral da Criança é funcionária da prefeitura. O presidente do conselho é Ozana Pinto Cardoso que, também, tem contrato com a prefeitura, como orientadora do Pro-Jovem. Estas situações de fato tornam a relação de paridade do conselho, que perante a lei parecia estar atendida, na prática, tendenciosa, tendo em vista que quebra o principio de que quem julga deve fazê-lo com imparcialidade.

sábado, 26 de março de 2011

O ICMS ecológico - critérios para repasse

Estava de bobeira e pensei em nossa Mata Atlântica, pensei também na preservação do meio ambiente e me lembrei do ICMS verde!

Fui pesquisar a lei que instituiu o repasse aos municípios e os critérios para que isto aconteça. Qual não foi minha surpresa ao verificar que recebemos, talvez não tanto como mereceríamos se fizéssemos a "coisa" certa, mas é muito mais do que merecemos, pensando em como fazemos a "coisa" errada.

Vejam o texto da Secretaria do Estado de Meio-Ambiente:

ICMS Ecológico

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Ecológico é um instrumento para beneficiar os municípios que priorizam Saneamento Básico e Unidades de Conservação

A Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, também conhecida como Lei Robin Hood, estabeleceu os critérios da distribuição do ICMS aos municípios. A Lei tinha como objetivo reduzir as diferenças econômicas e sociais entre os municípios; incentivar a aplicação de recursos em áreas de prioridade social e utilizar as receitas próprias e descentralizar a distribuição do ICMS. Em 2000, foi alterada pela Lei nº 13.803 (27/12).

A divisão de todo ICMS arrecadado pelo Estado é feita da seguinte forma: 75% do montante é destinado para a União e os outros 25% são distribuídos entre os municípios em vários critérios como determina a Lei 13.803.

Dentre os critérios estabelecidos pela Lei, está o critério Meio Ambiente que fica com a quantia de 1% dos 25%. O critério está dividido em 2 (dois) sub-critérios, o Índice de Conservação (IC), referente às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas e o sub-critério Índice de Saneamento Ambiental (ISA), referente a Aterros Sanitários, Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) e Usinas de Compostagem. Cada sub-critério, IC e ISA ficam com a quantia de 0,5% cada um.

O cálculo do Índice de Conservação é de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e leva-se em conta a área da unidade de conservação e/ou área protegida; a área do município; o fator de conservação, que é um valor fixo, estabelecido pela própria Lei 13.803, que varia de 0,025 a 1; e o fator de qualidade, estabelecido pela Deliberação Normativa COPAM n° 86 (17/07/2005), que define seus parâmetros e procedimentos, referente as avaliações das unidades de conservação da natureza e outras áreas especialmente protegidas. O Fator de Qualidade varia de 0,1 a 1.

O Índice de Saneamento Ambiental é de responsabilidade da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) e leva-se em conta para o seu cálculo o número total de sistemas habilitados, tipo de empreendimento e porcentagem da população atendida.

O repasse feito aos municípios acontece sempre no segundo dia útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com base no índice calculado do mês anterior.

Para que o município receba sua co-parte do ICMS Ecológico nos sub-critérios 'Conservação' e 'Saneamento Ambiental' é necessário inscrição no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e Saneamento Ambiental que é atualizado trimestralmente. As normas, documentos e procedimentos para o cadastro estão estabelecidos na Resolução SEMAD 318, de 15 de fevereiro de 2005.

Como podemos incrementar o repasse? Atendendo algumas diretrizes....daria até para ser feliz em Mangaratiba.......

  • Conservação ambiental (ICMS Verde): critério que considerará a área e a efetiva implantação das unidades de conservação existentes no território municipal, observadas as disposições do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, instituído pela lei federal nº 9985/2000, e seu correspondente no Estado, quando aprovado; as áreas protegidas, a qualidade ambiental dos recursos hídricos, bem como a coleta e disposição final adequada dos resíduos sólidos, com os seguintes percentuais:
    • 45 % - área e efetiva implantação das unidades de conservação das reservas particulares do patrimônio natural - RPPN, conforme definidas no SNUC, e áreas de preservação permanente - APP, sendo que desse percentual 20 % serão computados para áreas criadas pelos Municípios;
    • 30 % - índice de qualidade ambiental dos recursos hídricos, sendo:
      • 10 % referente ao índice relativo de mananciais de abastecimento, e;
      • 20 % referente ao índice relativo de tratamento de esgoto;
    • 25 % - coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos, sendo:
      • 20 % referente ao índice relativo de destinação final de resíduos sólidos urbanos, e;
      • 5 % referente ao índice relativo de remediação de vazadouros.

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Está na hora de trabalho sério e com competência! Chega de enrolação!


quinta-feira, 24 de março de 2011

Zumbis...fantasmas

Ainda não sabemos como ficou a caça aos fantasmas do desgoverno e já estou sentindo um cheiro de zumbi no ar. Não posso chamar de fantasma, pois fantasmas, só assombram e vagueiam desnorteados pela vida sem encontrar a "luz".

Já os zumbis, não são somente fantasmas, mas aqueles que saem de casa somente depois que o sol se esconde e a escuridão toma conta das ruas.

Este zumbi, até que trabalhava no desgoverno anterior. "Tá" certo que ganhava um pouco mais que os demais em sua função, mas, ao menos pegava na vassoura. Agora, ganha para pegar na vassoura em uma Secretaria e ainda não encontrou o caminho até ela. Já fazem duas semanas que o zumbi foi transferido e ainda não chegou lá.

Não sei se ficou "doente", desmemoriado e não encontra o caminho, por isto, vou esperar mais alguns dias para colocar o cartaz de desaparecido no blog. Quem sabe alguém o viu por aí?

Gato da creche de Muriqui







Dois gatos vagabundos! herança do governo Edinho e Aarão! Será que vai continuar a saga dos municípes?

Um blogueiro incomoda tanto.... e ao PMDB muito mais!


Não é só em Mangaratiba que críticas ao governo acabam em homicídios.
Ontem um blogueiro amigo, levou três tiros à luz do dia, em pleno Bairro do Peixoto. Ricardo Gama é um ferrenho combatente do PMDB e faz críticas contundentes ao desgoverno de SC, Eduardo Paes e toda a corja do partido espatifado por seus próprios políticos.

Seu blog não é um espetáculo, não é políticamente correto como tantos insistem em exigir que nós blogueiros sejamos. Mas, é uma voz que não silencia e que combate com as armas que conhece e que possui.

Ricardo Gama é meio malucão, radical e espalhafatoso, mas que faz grandes denúncias, isto faz. É advogado, jornalista e um revoltado cidadão. E o atentado ocorreu em plena área pacificada por uma UPP... de SC.


Mas, não foi só Ricardo Gama quem levou estes três tiros. Todos nós que queremos liberdade de expressão, tomamos três balas nos joelhos. Só que blogueiro consegue andar de muletas e continuará a fazer o papel que a imprensa safada e desvirtuada, não consegue fazer.

Nós blogueiros, sejam os que escrevem bem, sejam os que escrevem mal, os espetaculosos, os discretos, os de muitas causas, ou aqueles que lutam por uma só, não deixarão de existir e assim, Ricardo Gama também continuará com suas postagens, com seus amigos e com seus admiradores.

E quem disse que atentados contra a democracia só ocorrem em cidades do interior? Mangaratiba com seu PMDB teve a morte de um vereador. Rio de Janeiro com seu PMDB tenta acabar com blogueiros.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vereador - um grande negócio!

Que sessão interessante a de hoje! Eram oito vereadores presentes e todos muito descontraidos, deram início a sessão.

O presidente Edinho, ele, ele mesmo, passou a presidência da sessão ao vereador José Carlos Costa, pois o presidente foi resolver assuntos de interesse deles junto ao banco Itaú. Sua justificativa, foi de que o repasse da prefeitura não havia sido feito.

Após leitura do texto bíblico pelo vereador Simões, texto este que falava em cuidados com os homens maus, deram início aos trabalhos da tarde. Neste ponto o vereador Sidinho, o ganhador do prêmio 2010, já se posiciona como o líder do governo na câmara e comprova o repasse da prefeitura em 18 de março e afirma que o problema deve ter sido com o próprio banco.

Alguns errinhos de retórica para lá, outros para cá e segue a sessão....

Enquanto isto, o novo secretário do governo, que estava por ali para levar o documento que comprovaria o depósito da prefeitura, parecia com saudades de seu antigo posto. Bonitinho o danado!

Mas, não vou me estender nos detalhes para não cansá-los. Eu particularmente, fiquei cansada e pensava como era fácil ser vereador em nosso município... é só falar coisas com um certo ar blasé, ironizar uns aos outros, soltar umas sandices no plenário e fica tudo bem... Ou então, entrar mudo e sair calado, como os vereadores Zé Luiz e Marquinho da Ilha. Ah! Também podem faltar...


O vereador Simões lembrou o dia internacional da Síndrome de Down e deu umas escorregadas no conceito do que seria a síndrome....depois falou dos perigos da Usina de Angra e do terror que seria um Tsunami por aqui e um terremoto que segundo ele, já tivemos e que atingiu 5 pontos na escala "ricshe". No geral, o assunto até seria interessante, se tivesse consistência nas argumentações e na questão do que realmente querem propor para nosso município.

Saí de lá com a impressão que a motivação, está mais para os recursos que não recebemos, do que propriamente uma preocupação com os perigos a que estamos expostos.

Depois o líder do governo convoca seus pares para uma conversa com o prefeito, lembrando que nunca na história deste município, um prefeito sinalizou em um diálogo aberto com a casa legislativa. Até comparou com o ex.... que coisa!!!!! Como os ventos mudam.....

E como não podia deixar de fazer, fez uma propaganda de sua irmã Andrea do Charlinho e da vereadora Lucinha em seu empenho em resolver os problemas de nosso município junto a CEDAE. E mais uma vez, vi um vereador ser "catucado".... Também expôs seu problema com a água, quando o mesmo toma banho....pois se coça, se coça e ele está preocupado com a saúde dermatológica das crianças do município.

O vereador Gustavo ainda participou um pouco do tema livre e explicou como engenheiro, dos reais e possíveis problemas da usina de Angra, onde mais que um problema da natureza, o alerta seria para os problemas de manutenção ou falha humana. Assim, o assunto saiu um pouco do delírio apocalíptico do vereador Simões e do vereador José Carlos Costa. Também fez um repúdio partidário a deputada Lucinha do PSDB que nunca apoiou em nada o PSDB local.

O presidente retorna do banco com sorrisos absolutamente cheios de cifrões, retoma seu lugar.

Ao final decidiram pelo aumento dos servidores da Câmara e encerraram a sessão.

Nunca foi tão fácil ganhar dinheiro!

Ponto para SME e SMO

Hoje em Muriqui, a secretária de educação e o secretário de obras, visitaram a pré-escola Professora Maria de Lurdes Pereira da Silva, para avaliação das condições de instalações do estabelecimento.

Já fazem seis anos que a escolinha esperava uma visita. Fazem seis anos que as crianças sofrem com o descaso de seus gestores.


Em nome da comunidade escolar, agradeço a visita e ficamos no aguardo das soluções encontradas.

domingo, 20 de março de 2011

Quem vai acertar? Ou quem vai consertar?

Obra do governo anterior inaugurada em 28/02/2011.
Tem como público alvo crianças até 04 anos.
Tem fiação de eletricidade saindo do poste, passando pelas grades que dividem o parquinho até chegar ao interior do prédio.

Só mesmo a proteção de Frei Afonso Jorge Braga para que possamos esperar mais um resserviço, desta vez com nova administração.


Alô Secretaria de Obras! Alô Secretaria de Educação! Não esqueçam que em 21/01/2011, uma criança morreu eletrocutada em nosso município com fiação exposta em plena área de lazer.

Pequenos espantos....

E o cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!

É o líder do governo na câmara..... o vereador ganhador do Peixe Podre com Banana 2010!

Misericórdia!

O lixo nosso de cada dia

LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.



Sérgio Abranches (Matéria completa no site Ecopolítica )
A lei sobre resíduos sólidos é um grande avanço na legislação ambiental brasileira. Foi redigida de acordo com os conceitos mais atuais sobre manejo de resíduos sólidos.

Ela pode representar ganhos significativos de saúde, qualidade ambiental e valor econômico. Foi programada para entrar em vigor progressivamente para dar tempo aos municípios e às empresas para se prepararem.

Uma das áreas de impacto relevante da lei é no lixo. Ela proíbe lixões a partir de 2014. Todos os municípios terão que fazer aterros sanitários ou centrais de processamento de lixo. Os aterros não podem ser feitos em determinados locais por razões ambientais. Representam um investimento caro e nem sempre são o melhor destino para o lixo. Grande número de municípios brasileiros não têm coleta de lixo adequada e o lixo acaba nas beiras de estrada, nos rios, em áreas verdes, nas redes pluviais.

Matéria hoje no Valor mostra que parte considerável do custo do manejo do lixo nas cidades é com o transporte para os aterros que ficam a mais de 100 quilômetros de distância. E este transporte é feito em caminhões a diesel, portanto aumentam as emissões de gases estufa e a poluição associadas ao lixo, além de aumentarem o consumo de combustível fóssil. Aterros sanitários nem sempre são bem feitos e acabam sendo fonte de poluição e emissões de metano, um gás estufa muito danoso ao clima.

Muitos municípios brasileiros terão dificuldades, sozinhos, de se enquadrar na nova lei. São pequenos, têm orçamentos limitados e não têm volume de lixo suficiente para dar escala a empreendimentos econômicos rentáveis. Nem por isso seu lixo causa menos danos às suas populações e ao seu ambiente. A solução é a formação de consórcios associando vários municípios na busca por uma solução comum para o lixo.

A matéria de Luciano Máximo para o Valor mostra que outra saída é a parceria público-privada (PPP), principalmente para uso econômico integral do lixo. E a PPP é compatível com consórcios. Um grupo de municípios pode se associar para formar uma única PPP, dando escala a um empreendimento que permite associar seleção, reciclagem, uso econômico de resíduos sólidos e geração de eletricidade.....

Um exemplo interessante de município que busca se antecipar à lei de resíduos e já começa a planejar o manejo futuro de seu lixo é dado por Luciano Máximo na matéria do Valor:

O gasto anual da prefeitura de São Sebastião com limpeza pública é de cerca de R$ 20 milhões. Um quarto desse valor é destinado só para levar as 110 toneladas diárias de lixo até o aterro sanitário mais próximo, em Tremembé, a 165 quilômetros da cidade. A lei federal aprovada no ano passado fez o prefeito Ernani Bilotti se inquietar: “Quando o aterro de Tremembé ficar saturado vamos ter que levar nosso lixo mais longe? Não dá mais para continuar assim.”

No ano passado, ele lançou concorrência para avaliar projetos de uma central de tratamento de lixo no município. “No litoral e na nossa região do Parque da Serra do Mar não se aprova a abertura de um aterro sanitário. A única saída é a construção de uma usina térmica ou biomecânica de lixo. Tivemos seis estudos apresentados e escolhemos a segunda opção. Agora vamos licitar a usina por PPP, porque não temos R$ 150 milhões do investimento nem condições técnicas para tocar o projeto.”

O prefeito está conversando com a comunidade sobre a localização da usina, explicando que não se trata de um aterro ou depósito de lixo, mas de uma indústria “limpa”.

Esse é o caminho. O mapa da economia de baixo carbono já existe. Quem procura acha. Só não vê quem não quer.


Bom esta é a matéria abrangendo sugestões mais elaboradas para uso dos resíduos sólidos, mas gostei muito das diretrizes e os incentivos expostos no site do Ministério das Cidades:


"A lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que regulamenta a destinação final dos lixos produzidos. Entre as diretrizes do PNRS está a proibição do lançamento de resíduos sólidos em praias, rios e lagos, e queimadas de lixo a céu aberto. A política incentiva também a reciclagem e compostagem – transformação do lixo em adubo – e proíbe a coleta de materiais recicláveis em lixões ou aterros sanitários.

Os municípios são os titulares do serviço público de saneamento, conforme a Lei Nacional de Saneamento Básico. Além dessas diretrizes a PNRS estabelece:

- Incentivo a cooperativas de catadores;
- planos de resíduos sólidos;
- educação ambiental;
- inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos;
- coleta seletiva.

A lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, além dos consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Uma das prioridades é a articulação dos governos estaduais, municipais e federal, além da sociedade civil, para a construção de políticas públicas de resíduos sólidos integradas.

Com a PNRS o país passa a estabelecer princípios para a elaboração dos planos regionais, estaduais e nacional de resíduos sólidos, contribuindo para a cooperação entre os poderes na busca de alternativas para os problemas socioambientais, e a valorização dos dejetos por meio de geração de emprego e renda.


E nós? Como faremos nosso aterro sanitário? Seguiremos estas diretrizes e serão incentivados, como manda a Lei, a reciclagem e compostagem? A coleta seletiva?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mangaratiba e seu novo secretariado

Todos querem saber quais são os novos secretários do município e esta é a nova composição.
Temos os nossos...em minoria e os de SJM....


Carlos Ruy - Secretaria de Administração

Roberto Santos - Secretaria Comunicação
Vânia Nunes - Secretaria de Educação
Humberto Vaz - Secretaria de Obras
Carlos Alberto - Secretaria de Fazenda e Finanças

Roberto Matos - Secretaria de Governo
Sérgio Rabnovicci - Secretaria de Saúde
Márcia Moreira - Secretaria de Planejamento
Otávio Seiler - Secretaria de Segurança
Antônio Xavier Araújo Filho - Secretaria Meio Ambiente
José Luiz Seabra - Controlador

Marcio Marcelo - Procurador Geral
Rilden Albuquerque - Ação Social
Vitor Tenório - Secretaria de Turismo
Coronel Fonseca - S de Transporte/Superintendente
Ricardo Albuquerque - S Tecnologia e Desenvolvimento

André Banana - Secretaria de Serviço Público ?????
Emil Castro - Fundação Mário Peixoto
Luiz Rocha dos Santos - Secretaria Institucional

A auditoria esperada em Mangaratiba

Estamos doidinhos para o fim da auditoria em nossa prefeitura. Esperamos ansiosamente a divulgação COMPLETA de como os novos administradores encontraram nosso município. Fico pensando se tudo correrá como desejamos e confiamos que aconteça, pois imaginamos coisas do arco da velha e temos o direito de informação quanto ao que nos espera.

Vejam, a maior segurança que este novo governo poderá passar a população, é sendo transparente nestas questões. Se encontrarem, por exemplo, alguma dívida fabulosa que poderá comprometer nossas receitas, esperamos que sejam divulgadas, para que possamos formar nossa opinião. Opinião quanto aos vereadores que deveriam ter sinalizado e rejeitado estas contas e certeza de que o novo governo não dará continuidade a esta falcatrua.

Tenho estas preocupações, pois tenho acompanhado várias prefeituras que não pagam INSS. Os contratados só ficam cientes da apropriação indébita de seus descontos, quando precisam de licenças e constatam que não há depósito pela prefeitura. Então quando seus pedidos de licença são recusados, voltam à prefeitura que faz aquele depósito referente ao único funcionário e abafam o caso. Será que isto acontece por aqui?


Este é só um exemplo do que pode estar acontecendo por aqui, mas temos outros e com muitas formas de lesar o erário e os contribuintes. Verbas que deveriam ser utilizadas para um fim e acabam sendo usadas indevidamente, principalmente na educação e merenda escolar. Veículos que são agregados e na verdade são fantasmas, assim como muitos funcionários. Talvez sejam veículos fantasmas para transporte de funcionários fantasmas, alocados em uma prefeitura na quinta dimensão.

Também gostaria de ver os resultados da auditoria nas licitações. Só assim, saberemos que as próximas serão feitas em acordo à lei e poderão ser consultadas por qualquer contribuinte.


Na área da saúde, espero que toda e qualquer irregularidade seja combatida e informada à população, para que tenhamos esperança de não morrer à míngua, sem remédios, sem atendimentos e com falta de equipamentos, pois até agora, é o usual em nossa saúde. Temos equipamentos que não são primordiais ao município, pois a demanda de uso atende mais aos nossos vizinhos e faltam os mais simples equipamentos para diagnósticos mais comuns a população.

E os funcionários que se beneficiaram da sujeira reinante? Terão as consequencias de seus atos? Ou o silêncio corporativista falará mais alto? Caraca! Silêncio falando alto, foi demais.....


Enfim, queremos saber se viveremos novos tempos, ou continuaremos nas trevas da má escolha?

terça-feira, 15 de março de 2011

Câmara de vereadores ou Casa de Noca.

Hoje fiquei pensando na câmara de vereadores de Mangaratiba e resolvi buscar informações se a paz reina por lá. E qual não foi minha surpresa, quando verifiquei que corremos o risco de ter a 4a eleição para presidente da casa, em menos de 1 ano.


Vejam, que o mandado de segurança com pedido de liminar impetrado pelo vereador Simões, foi negado em 16/02/2011. Em 02/03/2011 o presidente da casa, ele, ele mesmo, o Edinho, recebeu o mandado de intimação de sentença, cuja finalidade transcrevo:

"Intimação de sentença em anexo, sobretudo que, observada sua autonomia, reveja o processo legiferente eivado de vício e promova extemporaneamente sua eleição interna para a mesa Diretora."

A sentença é longa e traduzindo para linguagem "normal", decide que a eleição do vereador Simôes feriu a constituição entre outros erros, não atendeu a lei eleitoral e a lei orgânica municipal.

Assim, o Juiz Rafael de Oliveira Fonseca, expede ofício a Câmara de Vereadores para que tome conhecimento do teor desta decisão e, observada a sua autonomia, reveja este processo cheio de vícios e promova, nos termos da lei orgânica NÃO ALTERADA, eleição interna para a mesa Diretora.


Eu pergunto? Quando isto irá ter fim em nosso município? Será que somente em 2012, quando não ELEGERMOS estes vereadores que tanto estão brincando com a representação popular que lhes foi concedida?

sábado, 12 de março de 2011

Mangaratiba e a dengue

Sete municípios podem ter surto de dengue...


O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 13.114 casos de dengue, desde o dia 2 de janeiro até o dia 26 de fevereiro. Em 2010, no mesmo período, foram confirmadas 1.664 vítimas do mosquito em todo o estado. As informações são da Secretaria estadual de Saúde. O município de Bom Jesus de Itabapoana apresenta epidemia da doença e outras sete cidades estão em estado de alerta, por conta do aumento do número de casos.

De acordo com o superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica, Alexandre Chieppe, esses locais podem apresentar surto. "Devido ao número elevado, pode ser que venham a configurar surto mais pra frente", afirmou ele.

Em dois meses de 2011, sete pessoas morreram por conta da dengue. Os municípios que registraram morte foram: Nova Iguaçu, Magé, Cabo Frio, São Gonçalo, Maricá, Rio de Janeiro e São João de Meriti.

Bom Jesus, única cidade com surto da dengue, apresenta uma taxa de incidência de 1.950 casos por 100 mil habitantes. Os municípios em alerta são: Cantagalo (852,4 casos/100 mil hab.), Santo Antônio de Pádua (845,5 casos/100 mil hab.), Magé (526,4 casos/100 mil hab.), Cambuci (431,6 casos/100 mil hab.), Itaocara (318,7 casos/100 mil hab.), Seropédica (303,1 casos/100 mil hab.) e Mangaratiba (300,2 casos/100 mil hab.).

Em 2010, as cidades que concentraram o maior número de casos foram Porciúncula (512), Casimiro de Abreu (304), Tanguá (175), Macaé (154), Rio de Janeiro (114), Itaboraí (81) e Campos dos Goytacazes (66). Naquele ano, do dia 2 de janeiro ao dia 26 de fevereiro, foram registrados três óbitos: dois em Macaé e um em Porciúncula.

Matéria completa no site G1 (clique aqui)


É muito mais prático a população fazer a sua parte. É muito mais barato termos eficiência em atender as denúncias.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Dengue e eu!

Escapei da maldita dengue durante todos os verões que atacaram nossa gente. Pensei até que nunca pegaria, mas este ano, não burlei o terrível mosquito!

Que mal estar danado que proporciona. Febre, vômito e uma dor no corpo, dignos de um açoite.

Lembrei das denúncias que fiz sobre os possíveis focos de mosquito e que nunca obtive resposta. Lembrei da proprietária de alguns "imóveis" daqui da orla, que sempre fica na enrolação quando aparece por aqui e os vizinhos pedem providências, pois as lajes estão cheias de material de construção das "obras" de remendo que fazem nestes imóveis, que parecem mais uns cortiços modernos.

E aí, fico pensando como são frágeis nossos mecanismos de cobrança com a administração. Tudo é feito de forma a não atender nossas reivindicações. Não há interesse algum em promover o bom serviço, nem a tranquilidade a nossa vida coletiva.

É tempo de mudanças eficazes, para que ao final deste mandato, possamos comparar e contrastar as administrações e termos mais certeza de nossas escolhas.

Estou tão cansada, que paro por aqui. Afinal, segunda-feira tenho umas batalhas para iniciar e sem a capa do pseudônimo e sem super poderes.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnaval 2011 - Muriqui

Bom, enfim acabou!

Fico chateada como algo que já foi tão bom para mim, possa ter passado a ser um dos horrores do calendário de minha vida.

Claro que os interesses mudam conforme a vivência, mas isto que vivemos por aqui é o horror explícito. Se fosse dar um título de filme, seria "Pânico".

Os três primeiros dias, sexta, sábado e domingo, quem mora na orla, não consequiu dormir nem uma hora sequer. Não é o barulho natural que esperamos de blocos passando, de som de foliões ou de algum palco armado, mas aquela coisa dos carros de mala aberta com a parafernália tocando o funk pancadão, com letras que se dormíssemos, talvez sonhássemos que todos estavam fazendo parte de um filme pornô de quinta categoria. E no domingo, eles trouxeram para a praia, uma parafernália de som portátil que precisou de três adultos para transportar. Crianças, jovens e adultos misturados em um só esfregar de bunda, regado a muita droga e bebida. Segunda para terça, a PM conseguiu acalmar esta zona, ao menos perto de meu prédio, por volta da meia noite, o "manifesto" inteligente dos funkeiros, foi devidamente silenciado. Terça para quarta, a mesma coisa.

Agora, que tinham mais PMs que nos anos anteriores, não posso negar. Que conseguiram minimizar as brigas dos "maravilhosos" grupos de visitantes que por aqui aportam, isto conseguiram. Que estavam mais dispostos ao trabalho, também ficou evidente.

Outra situação diferente, foi o atendimento médico, que mesmo não gostando de comparar coisa ruim com a coisa pior, ficou claro que estavam mais atentos, mais equipados com ambulâncias e mais rápidos também. Só eu, vi várias vezes ambulâncias procurando chegar aos locais para onde foram acionados. Talvez, o tempo de espera, tenha sido a dificuldade em passar na orla, que foi tomada por ambulantes de toda espécie de "mercadorias" e carros que não foram barrados pelo pessoal de trânsito, cuja organização, deixou muito a desejar.

Quanto ao evento em si, não dá para descrever, pois foi a torre de Babel dos carnavais. Ninguém se entendia, parecia que tudo estava no improviso e que jogaram a responsabilidade do evento, nas mãos dos blocos que fizeram uns desfiles mixurucas, sem horários respeitados, tudo na base do "quanto mais rápido acabar, melhor". Enfim, muito mijo, muita bebida, muita sujeira e muita desorganização que atrai os "best in show" dos turistas....

Ah! Esqueci do Carnamar e do Liberta Almas!

Do Carnamar não participo, mas vi de minha janela um aglomerado de barcos, sem música e não consegui entender o motivo de ficarem parados em Muriqui. Talvez tenha sido a máxima de "oportunidades iguais para todos os distritos" e quiseram privilegiar Muriqui desta vez....

Do Liberta Almas, achei legal que saísse da orla e fosse armado o palco na praça. Não atrapalhou os libertadores, que puderam viver seu momento de encontro, sem que os adeptos do funk atrapalhassem. Uma pena que ainda não arrumaram algum evento que atrapalhe os adoradores do "soca nele, soca nele..."

Avaliação de uma munícipe irritada: Da zona total dos outros anos, a zona improvisada deste ano!

Agora, é torcer para que os outros eventos deste ano, sejam dignos de Mangaratiba!


terça-feira, 8 de março de 2011

História da Mulher - Dia Internacional da mulher

Que as quatro Marias de minha vida, cresçam e desabrochem em Marinas, Dilmas, Jandiras, Coras, Clarices, Dulces, Zitas ...... e que sejam caleidoscópio de tantas mulheres que brilham em seu universo.


Êta Lelê!

















Só brincadeirinha....

segunda-feira, 7 de março de 2011

Arrepio

Beijo no pescoço, mar gelado e sorvete de maracujá
Dedinhos de criança, pés descalço e abraço de mãe
Cajá manga, olhar que esquenta e filme dos bons
Brisa no rosto, chuva de verão e um pouco de solidão

Mangueira na avenida, bateria calada e arquibancada cantando....

Vinte segundos dos melhores arrepios

Enredo do meu samba



Três dias dormindo mal....é o funk da orla! É o senta, senta....é o cheiro de mijo e cerveja!

Vou de Jorge Aragão e Alcione!

sábado, 5 de março de 2011

Do fundo do nosso quintal.....Afinal samba sempre é bom!





Boa noite!!!!

Nossos vizinhos Angra, Paraty e Itaguaí

Em pleno Sábado de carnaval, sou obrigada a postar, sem nenhuma vontade, já que meus “amigos” tendem a descontar em mim, suas frustrações políticas.

Recebi um comentário comparando Angra, Paraty, Mangaratiba e Itaguaí. Penso que é uma comparação sem pé e nem cabeça, pois são municípios com trajetórias diferentes, áreas incomparáveis, número de habitantes e em determinado momento da história, tiveram seu crescimento econômico, impulsionados por governos federais, ou estaduais. Porém, se fôssemos comparar, deveríamos fazê-lo com Piraí, cuja história é mais compatível com a nossa. Piraí, sim, é um município vizinho que pode servir de parâmetro comparativo para nossa avaliação.

Assim, penso que as diferenças devem ser esclarecidas, para que não tenhamos a falsa impressão de que somos um “povinho”, como querem que acreditemos.

Angra dos Reis, apesar de já contar com um porto desde 1932, cuja concessão foi feita ao GOVERNO ESTADUAL, vejam bem, GOVERNO ESTADUAL, em 1925, levou vantagem sobre nosso município, em termos do suposto desenvolvimento, já que em 1959, também recebeu a instalação do estaleiro Verolme, e em 1972 também recebeu a instalação da Usina Nuclear Angra I, que junto com a inauguração da Rio Santos, iniciou seu processo de desenvolvimento um tanto desordenado e que provoca questionamentos até hoje sobre a segurança da região. E assim, uma coisa leva a outra e em 1977, inaugurou-se o terminal petrolífero da baia da Ilha Grande e em 1985, a construção da Usina de Angra II.

Não podemos negar o desenvolvimento econômico, que se supunha acontecer na época, já que a forma de se conceituar o tal progresso, não contava com os conceitos atuais de preservação ambiental, por exemplo. Sem contar com o crescimento desordenado de sua população que hoje faz de Angra, um município com problemas terríveis para administrar. O processo de favelização se intensificou, as invasões em encostas, os problemas de segurança que são inquestionáveis, nos levam também a avaliar se valeu tanto progresso...

Nossa preocupação quando compararmos, deve levar em conta também as conseqüências nefastas que atingem o maior patrimônio de um município, que é sua população, principalmente a mais carente. E isto, podemos muito bem exemplificar, lembrando a tragédia de 2010, quando assistimos o luto de um povo que vive em um município cujo crescimento é tão aplaudido por aqueles que não tem uma visão macro do que seja progresso.

População: em torno de 175.000. habitantes

Área: 800,430 Km2

E Paraty? Itaguaí?

Bem, Paraty é a menina dos olhos de qualquer pessoa, mas também teve sua trajetória bem diversa da nossa, já que no perfil turístico, que é o que sonho para Mangaratiba, foi reconhecido já em 1945, como patrimônio Histórico Estadual e isto meus amigos, não é por acaso, já que muito de sua história ainda permanecia em suas vilas, justamente pelo pouco “desenvolvimento” da região, sendo assim, um impulso para suas conquistas.

Em 1950, o turismo se inicia com a chegada do primeiro automóvel pela estrada Paraty-Cunha, trazendo seus turistas paulistas. E aí, foi só correr para o abraço!

Em 1958, é tombada pelo IPHAN, em 1966 é classificada como Monumento Nacional e 1973, se inicia o ciclo turístico com a Rio –Santos. Nesta época, Paraty recebe os ”bichos-cabeça” da época, os livres para viverem uma vida alternativa, que repudiavam os rumos de nosso país em época de ditadura militar. Vivia-se intensamente o movimento hippie que escolheu Trindade como uma de suas comunidades. Não se pode negar a contribuição cultural ao município, deste grupo tão cheio de propostas de vida em comunidade.

População: 37.580 habitantes

Área: 928,467 Km2

Penso que nem é necessário, falar em Itaguaí, que só se impulsionou com a chegada da CSA em Santa Cruz e dinamizou a economia local. O porto e os novos portos privados, estaleiros, construções de submarinos pela marinha em parceria com o governo francês e a base naval.

Apesar dos problemas ambientais causados, há quem louve este desenvolvimento que terá um custo enorme a ecologia e a população, não só de Itaguaí, como de seus vizinhos.

População: em torno de 110.000 habitantes

Area: 271.563 Km2




Então, como podemos medir grandezas diferentes? Mangaratiba terá seu tempo certo, mas para isto, não podemos nos menosprezar, nem sermos passivos. Atuar sempre, contribuir, fiscalizar e proporcionar principalmente a todos, o acesso a informações e a cultura.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Malhação do Judas...antecipada!

Ainda nem chegamos ao carnaval e as pessoas já querem malhar o Judas. Não fizemos a festa pagã, não lavamos a alma na folia, não demos as boas vindas, não confraternizamos com o novo rebolar do município e já querem que seja sábado de aleluia...

Não vivemos a quaresma social, quando faremos uma reflexão interior de nossos conceitos em relação aos nossos valores e conhecimentos e já pedimos que se malhe o Judas.

Que pressa é esta! Não conseguimos nem exercitar a cidadania, pois ainda estão enraizados em nossa forma de viver o engajamento político, a falta de conhecimento e o partidarismo "Gérson" onde só queremos vantagens pessoais. E a falta de trato com as informações que nos darão novos conhecimentos? Esta então, é a mais importante....recebemos as informações, mas não sabemos processá-las com nosso raciocínio. Processamos com ranço, com maldade, querendo a todo tempo derrubar alguém, e deixamos de lado a essência do conceito.

Vejam, quando se comete algo ilegal, devemos lutar para que se retorne a legalidade, para isto temos o caminho da justiça. Quando se comete algo imoral, devemos buscar o conceito de moralidade que é um tema muito extenso e que só pode ser aplicado para um grupo, já que moralidade é algo subjetivo e muito próprio de um determinado grupo. E nossa ética? Esta é mais difícil de se viver.... cobramos dos outros e não somos capazes de aplicá-la para nós. A ética não é para teorizar, mas para se viver, para ser incorporada a nossas ações cotidianas.

Este discurso todo, tem como objetivo, lembrar a TODOS NÓS, que sem incorporar em nossas vidas algumas regrinhas básicas, não chegaremos a nada.

Como questionar, se nem procuramos entender os assuntos? Como julgar, sem que participemos das decisões?

Assim, peço que não malhem os Judas, antes de recebermos as ações destes em nossa vida coletiva. Não apressem o passo, se não temos fôlego para a caminhada.