terça-feira, 23 de setembro de 2014

Não mexam com o meu silêncio, pois não vão aguentar o meu barulho!

Bom dia!

Chegou a estação que mais gosto e com ela me vem a vontade de viver plenamente, transbordar as forças que estão em mim e que continuarão enquanto eu viver.... quero morrer como uma árvore.... meu suspiro final e minha derrubada acontecerá após um vendaval...cairei inteira e ainda espalharei por aí um tanto de mim mesma.

E vocês já viram alguma árvore ser derrubada por sopros ou peidos? Eu nunca vi! Tenho recebido sopros que afirmam que irão me jogar no chão... tenho sido obrigada a sentir peidos que se dizem bombas de efeito moral... mas, que não passam de adubo orgânico que me fortalecem.

Tenho ouvido ameaças aos meus frutos e as minhas raízes... porém, como são frutos fortes e raízes longas... nada consegue me derrubar.

Bom, o recado é este:

Não tenho medo de absolutamente nada! Não me intimido com absolutamente nada... nem a força econômica, nem a força da opressão podem me derrubar. 

Por muitas vezes, meu silêncio é fruto da ética e da forma com que pautei minha vida profissional e social. Prefiro o silêncio que agrega do que o gritar que destrói. Isto não significa que não sei gritar, que não sei espirrar,  que não sei como se faz a dança da chuva e dos vendavais.

E como não sou perfeita.... chega uma hora que a avaliação do momento será mais voltada para mim mesma do que para o coletivo e aí... quero ver soprarem mais do que eu e peidarem melhor do que eu!

Sei que o texto está com linguagem mais chula, mas para que os destinatários entendam, só poderia ser feito desta forma.

Termino com um ditado bem simples:
"Não mexam com o meu silêncio, pois não vão aguentar  o meu barulho!"

Quem não tem o que perder, não se apega a  migalhas!

domingo, 14 de setembro de 2014

Aberta a temporada em Mangaratiba

Domingo de sol....já me causa terror explícito

Praias lotadas, ruas repletas de carros estacionados em qualquer ponto, tudo sujo e em desordem... e para piorar, ano de eleição, com panfletos jogados pelas ruas, carros de som com propaganda e jingles chatos e maçantes.

Mangaratiba vira uma Babel, uma salada insossa, um balaio de gatos. 
Já era para estarmos ao menos  acostumados, mas não me acostumo mesmo!  Todo ano aguardo que as coisas sejam  ordenadas para que menos transtornos sejam vivenciados por nós e..nada!!

Ontem, já senti o que será o verão para quem vive por aqui... A calçada do meu prédio tomada por mesas, cadeiras de bares, garrafas, panelas, pratos e gente mal educada... e o pior é que se trata muitas vezes dos próprios comerciantes e moradores do local. Também já vivemos as consequências no trânsito da Rio Santos, com atropelamentos e acidentes horríveis.  Protestos completaram o sábado de sol

Tudo igual... e mais um pouco! 

Bom, nada disso é novidade e é tragédia anunciada. Vejam, vocês se lembram dos problemas no ano passado, quando o DNIT quebrou as barracas das cocadeiras? Alguma providência foi tomada? 

Agora, vamos ter as consequências, pois o atropelamento de ontem em Muriqui, é o que o DNIT precisava para corroborar a decisão de retirada das cocadeiras das margens da Rio Santos.

Será que é muito difícil se enxergar mais que um palmo dos narizes dos governantes? Será que não poderiam manter as fiscalizações durante o ano para "educar" e "intimidar" os excessos cometidos pela população? Será que um abraço a causa destas cocadeiras não teriam evitado ao menos  a dor de se ter uma menina de cerca de 10 anos entre a vida e a morte por conta deste comércio as margens da Rodovia? Será que se tivessem posto em prática a ideia de capacitá-las para que se associassem e formassem uma cooperativa já não teria impulsionado melhores condições de trabalho e desenvolvimento econômico para elas?

Me lembro que houve até uma reunião e cadastro destas profissionais por parte da Secretaria de Turismo e Eventos e que não foi adiante sem maiores explicações...eu até imagino os motivos, mas não podemos deixar de lembrar que boas iniciativas devem ser estimuladas e desenvolvidas. Claro que seria mais uma tarefa da Ação Social e Direitos Humanos, mas veio da Secretaria de Turismo e deveria ser abraçada pelos demais.

Bom, as soluções podem ser muitas, as omissões é que não podem existir... Caminhar, ajustar as metas a serem atingidas, tocar os projetos, dar prioridade as causas que atingem a população mais carente de serviços públicos se faz urgente por aqui...


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Reação



E eu deixei de lado meu baixo astral.
Fiquei quase um mês sem postar nada, sem ler os comentários, sem coragem de reagir a nada... Já estava ficando doente e não havia percebido.  Estava me implodindo, estava me matando de diversas formas e não atentava para isso.
Resultado, o cansaço físico que sentia, a falta de vontade em ler e participar de algum debate, um enfado enorme em ver tanta gente  a serviço do nada, o envenenamento por tantos cigarros que fumava ao dia como uma bengala que aumentaria minha capacidade de relaxar, me levaram ao quadro de quase encontro com a “luz”.
Segunda-feira, dia 8, meu coração resolveu pirar e mostrar que estava sobrecarregado e que já não aguentava tanta maldade. Assim, logo na parte da manhã, ele resolveu fazer uma corrida de 180 a 200 batimentos por minutos e a pressão caiu, caiu, caiu até ficar inaudível.
Chamamos uma ambulância pois não conseguia nem chegar ao Posto de Muriqui...mas.... 
“Senhora, a ambulância está em Itacuruçá.”
Minha irmã corre e pega o primeiro motorista que se dispôs a me levar até o Posto. Chegando lá, corre prá cá, corre prá lá, as técnicas de enfermagem, pois o pseudo médico nem se aproximou, tentaram fazer um eletro por diversas vezes e nada, depois soube que o aparelho estava “ruim” desde a semana passada, as vezes funciona, as vezes não... mas, conforme o tempo ia passando, e não sei se por falta de oxigênio, o que via era a cara de bunda assustada do médico com sua barba  e olhos de idiota, dizendo que eu devia ser transferida para o Hospital, peço até que me perdoem, mas deve ter sido mesmo a falta de oxigênio que me fez ver a  tal criatura como um arremedo de alguma coisa, pois conseguiu me irritar.
Bom, mas como Deus é muito bacaninha comigo, percebo que a falta de ambulância no Posto foi minha salvação.  Tiveram que acionar o SAMU e foi ali, dentro da ambulância do SAMU, no pátio do Posto que recebi o socorro que precisava, amiodarona, dopamina e por cerca de vinte minutos, fui atendida ali e assim consegui chegar ao hospital.
Agradeço a equipe do SAMU de todo coração. Fizeram o certo, fizeram prontamente e nós que vivemos da providência divina, temos que agradecer que exista gente competente ainda por aqui...

No Hospital, fui bem atendida, e me encantei com o médico que cuidou de mim... as meninas da enfermagem já conhecia, mas o médico, mais uma vez tirei alguma coisa positiva neste episódio. 
Tivemos oportunidade de trocar algumas ideias e me envergonhei de fumar tanto, de  atirar minha vida fora, de não reagir da forma correta a tudo que me oprime e aprendi que nada vai me segurar ...
Podem acreditar nisso!
Obrigada, Dr. Paulo pela atenção e pela lição de vida e pelos cuidados profissionais.
As meninas da enfermagem, meus sinceros agradecimentos e podem contar comigo para qualquer luta que venham a fazer pela classe e por melhores condições de trabalho e por mais respeito a profissão de vocês.